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16 de setembro de 2012

"Ich bin Adolf Eichmann"


“Eichmann sente-se culpado perante Deus e não perante a lei” Foi o que declarou a defesa de Otto Adolf Eichmann, aquando do seu julgamento em Jerusálem. O réu, por seu lado, declarou que nada teve a ver com o extermínio dos judeus “nunca matei um ser humano” declarou. Segundo o mesmo, só poderia ser acusado de “cumplicidade” na aniquilação dos judeus.  Ainda de acordo com a defesa, aquilo de que o acusavam não eram crimes mas sim “atos de estado”.
Aparentemente, até esta porção de leitura que fiz do livro de Hannah Arendt há uma oposição clara sobre a quem se deve a responsabilidade nos atos de que Reichmann foi acusado, segundo ele estava a ser incriminado por algo que não fez, segundo o estado de Israel enfrentava 15 acusações, dentre elas era responsável pela morte de milhões de judeus; era responsável por ter colocado esses judeus, antes de os matar, em condições que visavam a sua morte; era responsável por graves danos físicos e psicológicos aos judeus; era responsável por medidas que resultaram na esterilização de judeus, entre outras.
Por momentos, evidencia-se claramente a ideia de que este julgamento deveria ser um exemplo para o Mundo, ele deixa de ser um teatro com o réu em primeiro plano e passa a ser um espetáculo sangrento. Com o lema de “faça-se justiça, pelas mãos deste julgamento, ao povo judaico”. To be coninued...

Uma leitura/reflexão do livro: "Eichmann em Jerusálem-Uma reportagem sobre a banalidade do mal" de Hannah Arendt

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