Trabalhar
numa escola internacional tem sido uma das experiências mais significativas e
de maior impacto na minha vida profissional. Há certas experiências na vida em
que não há mestrado no mundo ou trabalho académico que se sobreponha à vivência
de determinados contextos, não se terá inventado, ainda, livro algum onde seja
possível compreender e experienciar exemplos tão intrínsecos de tolerância e
inclusão.
O que
aprendo todos os dias com crianças dos 3 aos 11 anos, vindas de todas as partes
do mundo, desconcerta qualquer preconceito existente, agudiza a minha
capacidade de compreender a palavra liberdade e a palavra cultura, e deixa
qualquer ato de comunicação repleto de novas aprendizagens. Com muitas destas
crianças é apenas o nosso corpo que discursa, a nossa boca sorri primeiro do
que saem as palavras, e a nossa mente cria
o verdadeiro espaço para a tolerância e para a compreensão, num lugar que
julgávamos já bastante cheio.
Ser
professora numa escola internacional não faz de mim, no meu âmago, uma
professora muito diferente do que seria num outro contexto, porque na
verdade o que há para existir já está cá dentro e não se pode simplesmente
adicionar como se adiciona o pó à água e se faz daquela mistura gelatina; ser
aluno numa escola internacional também não faz desse mesmo aluno um ser
distinto dos outros. Mas, trabalhar numa escola internacional faz de nós mais
humanos, torna-nos melhores pessoas. Pessoas mais capazes de aceitar a
diversidade, menos egocêntricas e mais felizes!
2 comentários:
Se calhar na tua escola a experiência é mais intensa, mas viver numa comunidade (=amigos, colegas, etc) internacional faz-me tirar a mesma conclusão.
Calíope: Acho que deve ser mais ou menos a mesma coisa, a única diferença será talvez a idade dos alunos e devido a isso as diferenças de interacção. Mas acredito que viver e trabalhar no estrangeiro, não seja para algumas pessoas, muito diferente daquilo que escrevi.
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