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20 de maio de 2013

Cinco meses na bolha imobiliária

Imagem retirada daqui
Há cerca de dois anos atrás, mais ou menos por esta altura, escrevia um texto neste blogue sobre como era difícil encontrar uma casa na Alemanha (Ulm). Dois anos depois, escrevo um texto sobre como é difícil arranjar casa em Portugal (Porto). As causas são completamente diferentes, embora haja um denominador comum, o cão!
Na Alemanha não conseguíamos arranjar casa porque simplesmente não há muitas casas, a nova construção é rigorosamente controlada o que faz com que o sistema funcione numa lógica de ocupação/desocupação. Uma casa, neste caso apartamento, não fica no mercado o tempo suficiente para ganhar pó e por isso é muito difícil, em menos de duas semanas, arranjar onde viver.
Já em Portugal a situação é oposta, há centenas de casas/apartamentos para vender ou alugar e por isso é um salve-se quem puder. Desde Janeiro que andamos a tentar arranjar uma casa e não é só porque temos sido um bocadinho picuinhas, mais de metade das tentativas têm resultado em histórias para contar. Desde casas que estão nos sites das imobiliárias para alugar e depois vai-se a ver e só estão para venda, inúmeras casas que já foram alugadas mas permanecem no sistema, senhorios que não querem passar recibos, proprietários que querem 6 rendas adiantadas e um contrato de promessa compra e venda para de alguma forma não pagarem imposto, até proprietários  que discordam entre si e fazem o aluguer da casa passar, de um dia para o outro, para mais 500 euros do que o valor inicialmente proposto.
Tem sido uma demanda árdua, repleta de surpresas e armadilhas. Na selva não poderia ser pior. 

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