Por vezes
chegamos tarde - ou nem sequer chegamos a tempo - para contemplar a beleza e o
assombro da vida.
Não
foram, e não são, raras as vezes em que me interroguei “Será que há sempre uma
constante de proporcionalidade na vida, será que o feio é proporcional ao belo,
a graça proporcional à natureza e o bem proporcional ao mal?”.
E se for
afirmativa a resposta, “Como é que se
deve interpretar essa proporcionalidade? Por uma correspondência quantitativa ou
por uma correspondência qualitativa?”.
Pode a luz de um raio de sol durante uns pequenos segundos, tornar perfeito um dia chuvoso? Pode um pequeno ato de bondade emendar um número maior de enganos? Pode um nascimento superar uma morte e um princípio justificar um fim?
Pode a luz de um raio de sol durante uns pequenos segundos, tornar perfeito um dia chuvoso? Pode um pequeno ato de bondade emendar um número maior de enganos? Pode um nascimento superar uma morte e um princípio justificar um fim?
Considerando-se
a complexidade do Universo, talvez seja óbvio pensar que não existe uma proporção
direta entre estas variáveis. Mas será que essas variáveis se equilibram? Serão
elas proporcionalmente inversas? Poderemos
crer que o número de vezes que estas duas variáveis se verificam é igual no
Universo?
Talvez
tudo seja feito de variáveis proporcionais que o ser humano ainda não tem
capacidade de abstração, de perspetiva e desvinculação para compreender. Teremos
nós, algum dia, inteligibilidade suficiente para percebermos o Universo? Nós
vemos porções diferentes de uma mesma realidade - ou de várias - percepções que
formam um todo. Mas quão distante está o dia de o vermos? E quão diferente será a nossa vida depois?
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