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11 de julho de 2011

Às amigas

Não diria que tenha sido um dia de merda (desculpem a linguagem), mas poderia ter sido, pois esteve muito perto de o ser, porém não o foi.

Cheguei a produzir uma série de pensamentos menos aconselhados e a pronunciar uma série de palavrões sem nome, mas acabei por repensar o meu jeito, porque todos nós temos lapsos e esquecimentos. olhei em volta do habitáculo e pensei que aquele carro já estava a precisar de uma limpeza. o rádio ligado durante toda a noite impediria com certeza que eu pusesse o motor a trabalhar, afinal de contas não tenho memória sequer da última vez em que olhei para a bateria. atentei a única hipótese que tinha, rodei o botão do rádio e inseri timidamente as chaves na ignição, ainda receosa do que viria a suceder-se. foi o ronronar do motor que me fez suspirar de alívio, o meu carrinho não me deixara ficar mal. o dia não estava muito quente, aparentemente este verão tem sido dos mais instáveis que vivi nestes parcos 29 anos de vida. Ainda assim, achei por bem arejar e carreguei no botão; que não fez descer os vidros elétricos. Voltei a carregar com mais determinação, duas e três vezes ao mesmo tempo que segurava firmemente o volante e descia a ladeira estreita acompanhando a linha de carros estacionados à minha direita, vendo passar número atrás de número as portas e os portões das casas daquela rua. Sem qualquer sucesso e, pelo menos, 15 minutos de atraso acelerei um pouco mais.

- Sim, estou a caminho, quase a chegar... (to be continued)

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