.

.

16 de outubro de 2011

Hoje voltei a entrar na Catedral. Não há palavras nem imagens que traduzam a magnitude desta Catedral. É simplesmente colossal e grandiosa. O seu interior arrebata qualquer um, porque ela é imensamente grande. Quando levantas o olhar do altar em direção ao céu, perdes a noção da proporção e sentes um desiquilíbrio momentâneo como se de repente tivesses que agarrar-te para compensares o espaço que tens sobre a tua cabeça. É absolutamente fascinante a capacidade e a vontade humana. Esta catedral não se excede pela capacidade artística do seu criador, nem pela inovação arquitetónica, ela revela-se pela capacidade humana que demonstra pintando toda a esperança, sonho e capacidade hercúlea do Homem. Ela é humanamente real.

Um pouco de história:



No século XVI , a paróquia de Ulm localizava-se fora dos muros da cidade e os burgueses decidiram unir forças para erguer uma nova igreja no centro da cidade e em 1377 foi lançada a pedra fundamental. Para a igreja foram concebidas três naves principais de mesma altura e uma única torre.

Em 1392, Ulrich Ensingen (um dos autores da Catedral de Estrasburgo) foi nomeado arquiteto chefe. Ulrich imediatamente desenvolveu planos para tornar a Catedral a mais alta igreja da Europa.

A Catedral foi consagrada no ano de 1405, no entanto, danos estruturais começaram a surgir devido principalmente a altura das naves e ao peso do pavimento. Para resolver os problemas estruturais foram adicionadas uma centena de colunas nas naves laterais.

Já em 1531 os cidadãos de Ulm, adeptos do Protestantismo, paralisaram as obras até o fim do movimento Reformista e novamente em 1543 antes que o campanário atingisse a altura de 100 metros.

As paralisações foram causadas por fatores políticos e religiosos como a Guerra dos Trinta Anos em 1618 e a Guerra da Sucessão Espanhola em 1703. O resultado foi uma estagnação econômica causando o corte de gastos públicos.

Em 1817 as obras foram retomadas e finalmente em Maio de 1890 a Catedral foi concluída.

Sem comentários: