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13 de novembro de 2011

Como sinto nunca te ter conhecido

VIII

Não te chamo para te conhecer
Eu quero abrir os braços e sentir-te
Como a vela de um barco sente o vento

Não te chamo para te conhecer
Conheço tudo à força de não ser

Peço-te que venhas e me dês
Um pouco de ti mesmo onde eu habite


SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN, in NO TEMPO DIVIDIDO (1954), in OBRA POÉTICA (Caminho, 2010)

1 comentário:

Eduardo Oliveira Teixeira disse...

Como é que se faz "like" aqui? :$