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26 de agosto de 2013

Em memória aos poucos "Antónios Borges" deste país


Ou eu ando a remar sozinha ou o mundo anda mesmo medíocre e oco, ou então foi sempre assim. Ai! Mário Vargas Llosa como eu fico triste porque te entendo tão bem. 

Esta não vai ser uma discussão do coitadinho que morreu e da sua pobre família que está de luto, que está efetivamente e provavelmente pouco se lhe importa a opinião mais ou menos favorável de estranhos em que nunca colocou a vista em cima, nem vai ser a discussão com o argumento de que apesar de tudo António Borges é um ser humano e que as pessoas deviam era ter mais respeito.
Morreu António Borges um "economista inconveniente" dizem. Na verdade, perdeu-se uma voz acesa e inteligente, uma personagem independente e frontal da nosso país político e económico e isso é sempre de lamentar. Só os tolos é que acreditam que a política de um país pode crescer saudável sem debate, sem ideais, sem perspetivas diferentes, só os ignorantes e os ditadores é que defendem que é melhor silenciada uma voz polémica que uma voz amorfa e insignificante.
Há 50 anos, Luther King fez o seu discurso “I have a dream” eu ainda espero o dia, utópico ou não, em que em uníssono ouça, às portas de uma nação, toda a sociedade dizer, Morreu um político rigoroso, frontal  e convicto, estamos de luto!

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