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17 de abril de 2011

Primera persona del plural #1

Saímos do Porto eram 11 horas, a viagem até Vigo foi calma e suportável, a ajudar, o tempo solarengo que se foi sentindo e a sensação saudosista que potencia um relaxamento da alma e do espírito de saber estar de férias e voltar alguns dias mais tarde. Em Vigo estacionámos a carrinha no cume e descemos até ao mar, almoçámos marisco, um almoço que não voltámos a repetir para não esgotarmos, nas três primeiras horas, todo o plafond estimável para as miniférias. Vigo foi uma cidade pouco explorada. Tem um porto e uma marina catita, mas faltou-nos ver a vida cosmopolita da cidade. Como me esqueci do casaco fomos comprar um que nos saiu uma pechincha, sem sequer ser preciso regatear, para além disso deu-nos direito a escolher um casaco de malha às riscas, qual champô leve 2 pague 1.

De seguida, demos um saltinho a Sanxenxo, uma fina linha costeira rodeada de pequenas baías com pouco ou nenhum areal, mas com uma linha do horizonte de perder de vista. Águas calmas e azul-esverdeadas, não fosse a quantidade de portugueses que víamos por lá, os prédios encavalitados sempre de olho nos veraneantes e algum frio que se fazia sentir, quase que diria que estávamos numa ilha das caraíbas. Alojámo-nos num pequeno hotel na primeira linha, sem vista para poente e pernoitámos num quarto com decoração balnear e uma cama que nos deixava os pés de fora. Era sábado à noite e pouco antes das 20:30 tínhamos apenas dois ou três restaurantes onde jantar e ver o jogo. Não acordámos com a diagonal solar a aconchegar-nos a face, foi um despertar natural de quem se deitou relativamente cedo e só tinha mesada para um quarto com vista para a rua de trás. Tirámos a barriga de misérias durante o pequeno-almoço e demos um passeio pela baía registando o momento. Fizemos o check-out, elevámos as mochilas de peregrinos e lá fomos nós. Direção? Pontevedra. Uma cidade antiga mas muito bem conservada e com um museu que ultrapassou largamente as nossas expectativas. Para o almoço, nada como umas tapas numa das quatro mesas de uma esplanada, ao lado de meia dúzia de espanholas barulhentas e na companhia de um sol acolhedor. 

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