Com o conselho deste blog aqui.
Se virem o filme, percebem a razão pela qual é quase pecado escrever o que quer que seja sobre ele!
Se virem o filme, percebem a razão pela qual é quase pecado escrever o que quer que seja sobre ele!
Ainda assim, atrevo-me a um comentário generalista que não deveria interessar a ninguém a não ser a mim, porque, normalmente, temos uma opinião sobre tudo, mas nem tudo deve ser objeto de opinião. Cá para nós, era bom que, na nossa vida, algumas coisas fossem um bocadinho menos jornalismo de opinião.
O que me fica deste filme não tem nada que ver com a história de José e Pilar, porque poderia ser a história do Carlos e da Maria ou do Manuel e da Sofia. Este filme é, e digo outra vez, na minha opinião, o que deveriam ser as relações entre dois amantes, entre duas pessoas que se amam, uma verdadeira cumplicidade e união onde um é naturalmente a extensão e a continuidade do outro.
Para ser sincera deve encontrar-se no amor a negação, evidente, da lei matemática onde um mais um é igual a dois. No amor dita a lei que um mais um seja sempre igual a um.
6 comentários:
Já o viste, Pimpas?
Estou a meio, a tentar conjugar trabalho e o filme. É comovente. ;) Obrigada.
Tens toda a razão, não há como nem para que o comentar. Mais razão ainda quando dizes que o amor deveria fazer frente a todas as leis matemáticas. bjs
Andava há que tempos com isto em lista de espera. Depois de ler o que escreveste não podia adiar mais e foi mesmo directo. Almocei às 16h30. Mas valeu tanto a pena!
Ana: Parece-me claramente que há duas histórias no filme, a da morte de José Saramago e a sua vida de escritor e uma outra que se sobrepõe à primeira, que é a história de amor entre José e Pilar. Ainda que, a história de José não se possa subtrair à história de José e Pilar.
Uma não existiria sem a outra. E é como dizes: um é a continuidade do outro.
Estava cheia de medo que o filme fosse mesmo até aos últimos dias. Não andou longe mas acaba de uma forma confortável, para mim que sou hipersensível a histórias assim, a vidas assim.
São duas horas e qualquer coisa onde se aprende mais do que se vê, onde quase se entra na vida dos dois, sabendo de antemão que, na vida dos dois, mais ninguém pode entrar. Mesmo considerando a forma como os dois se dão ao mundo inteiro nas viagens, nas horas infindáveis de trabalho, de autógrafos, de entrevistas.
É maravilhoso.
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