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11 de dezembro de 2011

do latim scribere

Uma das coisas boas de escrever, quer seja no diário, na revista social, no blog ou numa qualquer folha de papel é que acabas por relativizar um pouco a tua vida. Na maior parte das vezes, ao escreveres distancias-te de ti e passas a ver uma personagem de um filme de Woody ALlen. Facilmente consegues perceber que aquilo que escreves é bem pior do que a vida real. Acabas por sentir-te aliviado e tudo na tua cabeça se torna mais claro. Alguns processos de escrita também podem ser, claro, demasiado dolorosos ou até auto punitivos, mas para mim acabam sempre num processo de libertação.

1 comentário:

Ana disse...

Tudo verdade! É por isso que eu adoro escrever. Por alguma razão se usa a escrita em muitos processos terapêuticos e não só. Dizem que todos os dias, ao final do dia, todos devemos escrever as 3 coisas que fizemos bem ou que nos deixaram contentes nesse dia. Qualquer coisas desde termos feito todo o nosso trabalho até ter estado sol! Para adormecermos sem aquele peso no peito dos dias onde tudo parece correr mal. Faz bem. :) Entre pensar nas coisas e deixar o emaranhado de pensamentos na nossa cabeça e escrever é sempre melhor a segunda. Ao passarmos coisas para o papel (a folha do Word, o telemóvel, o que for), organizamos automaticamente o pensamento e é isso que faz ganhar a tal perspectiva sobre as coisas. E tu escreves muito bem, Mafaldinha. Gosto muito, muito de te ler. :)